A Esclerose Múltipla (E.M.) é uma doença crónica, inflamatória, desmielinizante e degenerativa afetando o Sistema Nervoso Central (SNC).
Atinge com maior incidência o género feminino e surge mais frequentemente no jovem adulto (entre os 20 e os 40 anos), apesar de nos dias de hoje a E.M. se comece a manifestar em idades mais precoces e/ou mais tardias.
É uma doença autoimune na qual o sistema imunitário não tem capacidade de diferenciar as células do seu próprio corpo de células estranhas a ele, acabando por destruir os seus próprios tecidos. O principal alvo deste “ataque” é a mielina, uma camada de gordura protetora das fibras nervosas que auxilia na transmissão de informação ao longo do corpo humano.
Quando ocorre um “surto”, formam-se cicatrizes endurecidas que se agrupam formando as conhecidas “escleroses” ou também denominadas “placas”. São afetadas inúmeras áreas do cérebro e da medula espinal pelo que se denomina esta doença de Esclerose Múltipla.
A Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), formada em 24 de maio de 1999, atua no âmbito nacional e tem como missão promover a qualidade de vida e capacitar portadores de Esclerose Múltipla (EM) e doentes do foro neurológico, assim como os seus familiares e comunidade através de práticas inovadoras e constante sofisticação dos seus serviços. Assim, contribui para a redução do isolamento social e combate ao estigma da doença. Para isso, conta com uma equipa multidisciplinar que dá resposta à resolução de problemas físicos, psicológicos, familiares, socioeconómicos e jurídico-legais.
Estivemos à conversa com a psicóloga da ANEM (Associação Nacional de Esclerose Múltipla), Cláudia Andrade, que aprofundou um pouco as bases que constituem esta doença.