Quando surgiram, em 1995, aquando da 1ª visita a Moçambique, foi-lhes pedido que concentrassem a ação no ensino de informática. Nessa altura, sendo Moçambique um dos 5 Países mais pobres do mundo, o pedido que faziam levantou algumas questões… Por outro lado, as aberturas deste país ao investimento estrangeiro, à banca e outras instituições informatizadas, deram força para seguir em frente com o que era pedido. Em 9 anos, abriram centros de informática em Maputo, Xai-Xai, Beira, Manjacaze, Inhambane, Manica, Quelimane, Lichinga e Pemba, com o cofinanciamento da Comissão Europeia e do Instituto da Cooperação Portuguesa. Capacitaram cerca de 120 formadores por todo o país em regime intensivo de 2 meses, que por sua vez continuaram a ação de formação a utilizadores, tornando os centros não só autossustentáveis, como, principalmente, lucrativos e capazes de gerar recursos para as Instituições de apoio social em que se encontram inseridos.
Com a preocupação de responder às necessidades sentidas pelas populações no terreno, ao longo dos anos, foram desenvolvendo outros projetos, para atuarem como agentes de mudança, nas suas vidas e nas suas comunidades.
O ciclone Idai afetou diretamente as operações e os projetos da APOIAR no terreno. No seguimento desta catástrofe foi estruturada e acionada uma rede de resposta:
• APOIAR na emergência: facilitar a distribuição da ajuda de emergência imediata para as comunidades vulneráveis em articulação com os organismos governamentais, nacionais e internacionais especialistas em emergência humanitária; garantir a sobrevivência e segurança das pessoas em maior situação de vulnerabilidade.
• APOIAR na reconstrução: reforçar a capacidade de recuperação das comunidades do Dondo mais afetadas pelo ciclone idai. Esta intervenção concretiza-se na reconstrução de casas e infraestruturas mais seguras e resistentes com a comunidade (com o apoio da SIC Esperança, Compal e doadores individuais), promoção da segurança alimentar por meio da implementação de cozinhas escolares (com o apoio da Compal e doadores individuais), da recuperação das machambas (hortas) de famílias de comunidades rurais (com apoio de 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo), e promoção da saúde e nutrição através do acompanhamento diário de mães e grávidas de bebés até aos dois anos no Centro de saúde F.LVIDA.
Uma entrevista com Joana Teixeira, responsável da comunicação da APOIAR, que nos traça o perfil da associação, fala-nos dos projetos em curso e dos resultados que têm obtido ao longo dos anos, nesta missão de ajuda humanitária.